quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

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Uma série de crimes misteriosos acontecem na história precedidos pela presença de um mensageiro da morte que, conforme o narrador esclarece, é "um grande besouro negro com uma espécie de chifre na testa". A vítima recebe na véspera do crime, pelo correio, este repugnante inseto, porta-voz do fim. O absurdo é a marca registrada dos acontecimentos que envolvem a execução do escolhido para morrer. Por exemplo, o que caracteriza a arma do crime e a natureza da morte de cada vítima é o sentido etimológico da espécie do besouro enviado ao condenado à morte. É uma semântica da maldição a "anunciar de que modo as pobres vítimas terminariam os seus dias". A espada, o veneno, a seta envenenada, um instrumento perfuro-cortante, uma bomba incendiária são armas utilizadas pela audácia do nocivo criminoso. Outro índice importante, na trama narrativa, é a cor ruiva dos cabelos dos ameaçados de morte. O criminoso é fixado em cabelos vermelhos e as cinco vítimas apresentam essa mesma característica. Todos os crimes têm uma secreta e absurda relação uns com os outros e, portanto, o criminoso só pode ser o mesmo ou, quem sabe, um grupo de assassinos. 

E, assim, a pequena cidade de Vista Alegre vive sob o perigo constante de um ataque do "inseto", epíteto atribuído ao maníaco do escaravelho. Na engenharia da morte, o criminoso arquiteta detalhes que levam a vítima a um golpe fatal causando sempre um estranhamento por parte dos envolvidos na cena. As pistas deixadas, também, vão se somando e criando um clima de suspense que leva o leitor a formular hipóteses de leituras a respeito do verdadeiro suspeito. À medida que os suspeitos se confundem aumenta a tensão narrativa até o clímax do misterioso crime preparar o surpreendente desfecho. 







Autor:Lúcia Machado De Almeida


Editora:Ática

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